sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Você

Você
Volto à Goiânia,
mas parte de mim,
fica em São Paulo,
parte sádica,
parte mulher,
parte lésbica.
Levo em mim,
um beijo seu,
gemidos,
chupadas,
lambidas.
Levo o gosto,
dos seus lábios,
seus seios,
sua buceta,
sua bunda.
Guardo em mim imagens,
de quando mordia o bico do seu peito,
sua bunda,
sua boca.
Como você se contorcia,
quando eu estalava o chicote:
em seu lombo,
sua bunda,
suas coxas.
(P.S. : Minha buceta pisca agora, só de lembrar; o cú tb)
Quando eu pingava a cera de vela,
em sua bunda,
seu lombo.
Você me vestindo,
calcinha,
corset,
e depois me despindo,
desatando os nós de minha calcinha com os dentes,
abrindo cada colchete do meu corset.
Como foi gostoso,
você me chupar,
peitos,
buceta,
boca.
Como foi delicioso:
lhe bater,
queimar.
Tudo tão perfeito,
você descobrindo,
o prazer que é,
uma mulher.
E eu descobrindo,
o prazer,
de ferir uma mulher.
Pois você,
minha sub,
é minha cadela, estou adestrando,
minha puta, para gozarmos juntas,
minha mulher,
para ser" amada e respeitada".
Ass.: A Dona de seu corpo, seu prazer e sua dor.
Dona G

O que eu aprendi no BDSM Brasil

Eu aprendi no BDSM eixos - GO/SP/RJ.
Eu aprendi no meio BDSM muita coisa boa e muita coisa ruim.
Aprendi que sempre existirão pessoas fúteis e por estar a mais tempo se julgam superiores.
Aprendi que sempre serei julgada ainda mais por dommes que acham que por falar inglês, eu me formei aos 16 nesta língua rs, se acham melhores e que falando neste idioma, com pronúncia bem arcaica são alguma coisa.
Aprendi que muita gente não sabe separar as frustrações pessoais e por ser inferior usa o sub como saco de pancadas.
Aprendi que tem gente que diz que aprendeu tortura com os militares no regime de ditadura e se acha. Eu conheci gente e tenho amigas inclusive que tem marcas físicas e psicológicas pois sofreram todo o tipo de abuso na época sem falar das pessoas mortas ou estupradas durante este regime. Eu teria vergonha de fazer parte desta corja.
Aprendi que tem gente que acha que sabe tudo, que liturgia é o máximo, mas nunca leu algo sobre Foucault, Paul veinne, Freud, Young e o ponto de vista preconceituoso que vê o BDSM como parafilia. Eu estudei tudo isto antes de me auto intitular domme. E mesmo assim sou apenas uma pessoa em construção.
Aprendi que eu vou me fuder sempre, e que raramente alguém me estenderá a mão. estava passando mal em um ambiente em São Paulo, me virei, ninguém me estendeu a mão, ainda bem que logo conheci pessoas importantes na minha vida, dentro e fora do meio BDSM, que hoje guardo como amigos. Sem falar das pessoas semi analfabetas que conheci no meio, é hilário.
Aprendi que muito pseudo Dom vai querer me fazer de sub não vai entender que muitas práticas não os tornam submissos. O meio é uma disputa de poder assim como qualquer lugar, nos tropeçaremos em egos maiores que o pico Everest.
PRECONCEITO é o que mais vi no meio, quem faz inversão é tido como gay. Meio machista, ou androcentrista como costumo nomear. Heteronormativo, que acha que o meio heterossexual é o único que merece ser representado. Vejo quase uma eugenia, poucas pessoas negras.
Aprendi que não me respeitarão por ser mulher e ter princípios, sempre haverá um idiota disposto a me dominar, um cara casado que vai querer me dar o cú e assim que eu disser não vai me xingar. Eu vou rir muito dessas pessoas depois.
Aprendi que muita gente vai criticar quem faz algo pelo meio, o saquinho de plástico, e tudo o mais, mas dar as caras. Ah, não vai ter, afinal muita gente é estúpida o suficiente, vive o mundo BDSM bem oculto, sendo pessoas casadas e enrustidas de todas as formas possíveis. Odeio gente casada que engana, para que tanta merda? Pq não assume? Pq viver vida dupla, povinho viu. E quando vc diz q jamais sai com gente casada, as flores se assustam e xingam até não poder mais, bando de machista, infeliz que vive casamento de fachada.
E aprendi que sou feliz, o fetlife de vez em quando me traz pessoas legais, no geral, só lixo, mas conheci grandes pessoas, e por estas sim eu levanto a bandeira do BDSM. Rs
Beijos Felicianos do BDSM

Ninguém nasce hétero, se torna

Hoje vi as fotos de uma ex sub e namorada, vi que está feliz, vi também que tem um dono.
Sei que em parte fui responsável por isto.
Ela é católica, se auto intitula heterossexual, tem 3 filhos.
Sei que o fato de ter exposto, escrito sobre nossa única sessão fez com que, provavelmente o atual Dom dela se interessasse por ela.
Sabe? Fico feliz, pois ela me deixou antes, com sua insegurança, sobre ela sobre mim. Com seu ciúmes doentio, motivo pelo qual terminei com a última namorada antes dela.
Mas graças a ela descobri que posso ter sim uma sub negra, uma sub mulher, mas jamais terei uma sub que não se aceita tal como é ou tal como sente desejos e os aceita.
Ela me desejou, ela me procurou.
Também descobri, sub meu tem que vir a mim.
Não vou largar cigarro por ninguém, ainda mais uma sub. O dia que eu largar será por mim.
Não sou dada a monogamia, jamais, eu me sinto mal.
Se eu não puder mostrar meus sentimentos em público, e a pessoa não se aceita, jamais dará certo.
Sub de cidade diferente, ainda mais estado, só se for bem masoca.
Foi tudo muito rápido, infeliz, eu abri mão de muita coisa por quem não valeu a pena.
O pior, eu me esqueci de quem eu era, para fazer alguém feliz. Só fiz duas pessoas infelizes.
Depois disto, não tive uma sub feminina, ou sub negro. Não namorei uma mulher ou tive envolvimento com alguma. Cansei, descobri que não dou certo com cristãos, jamais.
A felicidade dela não me incomoda, mas me incomoda ser traída, rs. Pois de certa forma fui, traição não é só ação. Passou.
Hoje seria impossível sermos amigas, pois ela não teve amizade comigo.
BDSM... Hoje eu vi que os amigos de verdade eu fiz fora daqui, pois amig@ para mim é quem realmente me liga para saber como EU ESTOU.
Há tempos eu decidi que aqui não é lugar de encontrar sub/masoca, hoje, mais do que nunca, vi que as amizades feitas aqui são tão efêmeras como os relacionamentos que eu tive. D/s.
Para completar: assim como eu acredito que ser mulher seja uma formação, como diria Simone de Beauvoir, acredito também que a orientação sexual seja uma construção social.
DOMME G

Minha menina ÁCIDA

Ah se você soubesse como faz feliz e gostoso o meu dia,
ler suas mensagens,
imaginar seu corpo nu,
seu lombo branco como leite(penso eu),
esperando o corte de minha lâmina,
chicote,
corda,
velas.
Como eu me derreto,
em imaginar seu corpo coberto de sangue,
sua boceta a espera da dor,
do meu calor.
Vem ser minha Gabriela que eu serei seu Nacib, rs,
divagações enquanto eu ,
no meu mundo BAU,
no seio de minha família,
trocava mensagem com você sobre putaria.
Como eu desejo,
seus seios nus,
seu corpo nu,
nossos corpos quentes,
cobertos de um vermelho sangue,
de renda,
corset,
saltos,
fio dental.
Coisinhas de meninas... :)
Como quero cravar meus dentes em você,
minhas garras,
e chamar você de MINHA menina,
colocar uma coleira,
uma GUIA e desfilar com você portando meu nome em seu pescoço.
Quero seu corpo, sua submissão,
seu gozo,
seu gemido,
sua dor,
seu temor,
seu ódio,
seu amor.
Quero que você me pertença,
Viva,
Linda como sei que é,
Mesmo morta,
vai que eu adiro a necrofilia.
Você será,
minha puta,
minha cadela,
minha propriedade,
minha masoca,
só minha.
Mas claro, quero que seja minha companheira de putaria,
Fora do BDSM, é claro
Beijos, mordidas, arranhões, chicotadas com sabor de dor e ácidos, bem ácidos.

Ignorância

Um dia como outro qualquer vi um update de uma amiga do fetlife. Era de uma sub que foi encoleirada em menos de um dia, claro que comentei. O moço, que se disse Dom dela, agrediu todas as pessoas que comentaram. Como qualquer pessoa arrogante, ignorante e sem razão, não foi delicado, apenas falou besteiras.
Como haviam erros gramaticais no texto dele, resolvi dar uma criticada de leve, rs. O coelhinho atordoado me chamou de vadia. Como eu participo da marcha das vadias ri, mas lembrei da Lei Maria da Penha e das leis de crimes cometidos na internet.
O alertei, o que , óbvio foi em vão. Pessoas ignorantes e sem instrução apenas agridem gratuitamente mancham o real BDSM. Dei uma ligadinha para amig@s advogad@s de São Paulo assim como amig@s da Polícia Civil da mesma cidade.Ambos não exitaram em garantir meus direitos.
Assim terminou mais uma bela discussão com um pseudo Dom e um dia cotidiano meu.
*Ps.: É um conto fictício, qualquer semelhança com a realidade é acaso.
Beijos para os Felicianos do meio BDSM.

Sobre amizade no fetlife, unicórnios e outros mitos

Li de um amigo sobre amizades reais no fetlife.
E resolvi escrever a respeito:
Tenho pessoas aqui que considero como grandes amig@s, vou citar 4 que são @s mais admirad@s: V e Bertram, Didimit, Dom Jupter. D@s 4 apenas não conheço o Dom Jupter, pessoalmente, pois não tive oportunidade ,ainda.
A V foi um motivo para eu tomar um avião só para conhecê-la, de tanta admiração que sofro por ela, rs. Não a desejo, não que ela não seja desejável, mas a vejo como uma irmã, ops, se eu falo isso aqui vão dizer que sou irmã de coleira dela, mas não sou. :)
O Bertram cuida da minha grande amiga, saímos junt@s, comemos, amo comer e fomos felizes para sempre. Falando sobre cura gay, violência e sexo
e mais sobre sexo, sempre.
O Dom Jupter, o conheci aqui, admiração e respeito me guiaram nesta jornada.
Quando estive no Rio conheci a Didi, uma fofa, sempre atenciosa, sempre cuidadosa que deixou bem claro que não me procurava como Domme, depois de uma decepção no BDSM eu: nem sub, nem mulher procurava. Foi e é uma amizade maravilhosa.
Nesta mesma viagem conheci pessoas lindas, legais, amadas, estive em um encontro no qual conheci muitas pessoas boas, claro que algumas más... Mas,todo lugar tem.
No café da V em sampa conheci uma militante feminista, como não me apaixonar? Como não compartilhar de uma amizade com ela?Sem falar de estar com um monte de mulheres, dommes, switchers, subs, sádicas, masocas, não me lembro se tinha alguma bau..
Em um encontro aqui em Goiânia, fui igualmente bem recebida, mas desenvolvi um carinho especial por uma sub não sei ao certo seu nick. Uma sub que desfila com a coleira de seu dom em seu pescoço. Claro que como devem ter lido me desentendi com algumas outras pessoas, mas guardei isto no baú do passado.
MITO N° 1: GOREANOS NÃO SE DÃO BEM COM DOMMES: Agradeço muito ao fato de ter tido desavenças com uma pessoa aqui no fet, a mesma me disse que GOREANOS falam com aranhas e não se dão bem com DOMMES, depois disto comecei a conversar com muitos o MASTERNAVALL, o tenho,como amigo, até no skype, nos falamos quase todos os dias, um GOREANO lindo.
MITO N° 2: NÃO EXISTEM DOMMES SADOMASOQUISTAS: Prazer Domme G.
MITO N° 3: DOMMES SÃO MULHERES GORDAS FEIAS VELHAS E MAL RESOLVIDAS: Ops, ridículo né, eu vejo que muitas Dommes se encontram com o passar do tempo devido ao preconceito que tem no BDSM, claro que conheci uma frustrada e mal resolvida. Na maioria são pessoas felizes que sabem o que quer. Conheci dommes jovens, outras mais maduras, magras e gordinhas: EU. Uma em especial lindíssima do RIO, esqueci o nick agora mas acho que é SENHORA SEVERA, SEM PALAVRAS PARA DESCREVÊ-LA. Feias ou fora de padrões estéticos midiáticos?
MITO N°3: KAJIRAS SÃO MULHERES FRACAS: kajiras, em específico a Tavi de Asgard,são mulheres de personalidade bem forte, sem falar que para se submeter e ser masoca, tem que ser muito forte.
MITO N°4: SUBS SÃO PESSOA FRACAS E DEPENDENTES: Opa, para tudo, a V, a Cris do SENHOR VERDURGO e a ÍsisdoJUN são provas vivas, e como estão vivas, de que para ser sub tem que ser mulher de fibra.
MITO N°5: DOMS SÃO SEMPRE HOMENS FORTES: O que tem de gente frustrada no meio baunilha que vem para cá para ser alguém, não citarei nomes...
MITO N° 6: EU SOU PEDÓFILA: Jamais, eu sou mentora de algumas meninas todas com mais de 18 anos, e para me servir tem que ter mais de 30, raramente abro exceções. Sem falar que eu também trabalho no combate à pedofilia no Brasil.
MITO N° 7: BDSM É SINÔNIMO DE VIOLÊNCIA: Quem conhece de verdade sabe que não tem lugar no meio para isto, pelo contrário pessoas assim são expostas principalmente à lei.
Sem me esquecer dos unicórnios: Sempre quis ter um? Sabem onde eu encontro?

Fetichista que diz ser sub

Rs,
O que mais tem aqui,
gente que vem com listinha de fetiches e espera que eu realize todos.
Gat@, sou domme, sádica, quem realiza desejos é fada, gênio ou pague uma puta, às vezes elas fazem o que são pagas.
Não falo mal das dominatrix, afinal elas são pagas mas fazem O QUE ELAS QUEREM.
Quando digo que não curto sissy, inversão ou nem me apraz tanto cintos de castidade e ainda trepo com subs: Ah então vc não é domme.
No seu mundo de Alice no país das maravilhas : vc é sub e eu não sou domme. Ok.
Olha sou do movimento LGBTT a 6 anos, vestir de mulher quando um homem gosta ou vice-versa não é humilhação.
Inversão? Não, vcs tem próstata, e é o prazer de vcs e nada interessante para mim.
A maior fidelidade de um sub para mim, não é a sexual, mas a da dor física ser somente eu que cause.
Sub é brinquedo, trepo mesmo, vibrador é brinquedo tb... :)
Por último e não menos importante:
NÃO VIAJO PARA CONHECER SUBS OU MASOCAS, OU SEJA, A VALENTINA É UMA GRANDE AMIGA, JAMAIS FOI MINHA SUB, PARA QUEM QUER SABER QUEM FOI MINHA SUB: ELA É NEGRA, OUTRA ELA TEM DOM, NÃO VOU DIZER QUEM FOI POIS NÃO É DA CONTA DE QUEM AINDA NÃO SABE. AS PESSOAS QUE DEVERIAM SABER SABEM, EU E ELA, RS. CLARO QUE AMIG@S TB SABEM.
FELIZ REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE NPF.

PONTO G

Aqui no fetlife não sou uma personagem, sou eu mesma.
Às vezes acho que eu deveria mudar meu nick, antes era Dona G, mas como sabem, eu e a língua francesa temos um caso seríssimo. É nela que eu toco quando a quantidade de álcool ultrapassa a de sangue em minhas veias.
Ela me deu Sade, Masoch, Pauline Réage, a maioria das correntes literárias, com exceção de duas, aulinhas de literatura francesa, com uma professora minha que já foi convidada a dar aulas na Sourbonne, não a Nouvelle Sourbonne, a antiga, a melhor mesmo. Quem entende de boa faculdade sabe o que eu digo.
Ela, a Domme Língua Francesa, também me deu uma proximidade com pessoas de diversos países africanos: Benin, Républic Démocratique du Congo, Sénegal, Madagascar, Marrocos, Egito, gente que conheci pessoalmente.
Ou seja, além de minha domme ela é minha amante.
Fico sempre procurando outros nomes: Hilda Furacão, marcou minha vida. A série e muito do meu interesse por espartilhos, corsets, lingeries em geral.
Madame Satã, uma conhecida travesti brasileira, mas imaginei a V me chamando de Satã, pois ela não me chama de Domme G, só de G. Achei muito estranho. Não acredito em céu, inferno, ou demônios. Mas, principalmente, não sinto afeição por satanismo ou os anti-cristos, jamais gostaria de promovê-los.
Para quem não sabe, G é a inicial do meu nome, Sou alta: 1,70 m e sou BBW (Boa Bonita e Wonderful), o fet é meu e eu traduzo como eu quiser. rs
E quem não notou amo sexo, e a brincadeira do ponto G pode estar implícita no meu nick.
Para quem não é íntim@,eu sou a Domme G,
Para quem é, prazer G :)

Um minuto de silêncio

Um minuto de silêncio.
Tem 8 dias que uma grande amiga morreu.
Uma amiga minha há mais de vinte anos.
De repente, infarto.
Depois refleti, sobre muita coisa na minha vida e nas nossas vidas. O que vivi com ela.
Vamos chamá-la de A, inicial do nome dela.
Tínhamos quase a mesma idade: eu 27 ela 28.
Sempre que ela me apresentava a alguém ela dizia: Esta é a G, ela me carregou no colo um dia que eu torci o pé. Eu era domme/protetora desde muito nova.
A gente passava trote juntas e o povo ligava de volta pois tinha bina...
Fazíamos muita coisa juntas: eu, ela e sua irmã, a C.
Tentávamos matar aula juntas, elas eram pegas pela diretora, eu não, pois era de outro colégio.
Eu era tida como a má influência, mas no fundo as duas também eram péssima influência de acordo com os padrões hipócritas de nossa sociedade.
Primeiro beijo, primeiro namorado, fumar escondida.
A A me apresentou Legião Urbana, não tive coragem de ouvir, desde sua morte para não me debulhar em mais lágrimas.
Ela faz muita falta, apesar de toda vez que ela falava, G, vem aqui em casa, vamos sair, eu dizia que não tinha tempo. Mas tive tempo para velar sobre seu corpo.
Havia algum tempo que eu me distanciei da minha infância e de todas lembranças dela, ou seja, eu e a A voltávamos a nos falar a pouco tempo. Isto não significava que eu havia deixado de amá-la neste período. Apenas meu corpo estava distante assim como minha voz, mas meu coração jamais.
O que eu refleti: vou correr atrás de todo mundo que eu amo, isto inclui ir ao Rio para ver a Fê, uma amiga de muitos anos que retorna hoje ao Brasil, e assim que eu conseguir respirar: sampa, ver a V e as delícias do fet de lá, por delícias entendam amigas e POA, apenas Rhamona, não vou viajar exclusivamente para tal. Mas vou mudar minha rota e aproveitar cada momento para me deliciar, para não me arrepender e poder viver melhor comigo mesma.
Devaneios, dor, muita dor, estes também são motivos de eu estar gripada e de cama estes dias, cabeça ruim = o corpo reclama ,não é?
Um dos motivos de eu ter parado de postar qualquer foto, sem tesão.
É muita dor, física e emocional.
Tenho vida fora do fetlife e como tenho, mas isto não diminui a importância que as pessoas aqui já possuem na minha vida, em geral as meninas, acho que esta casa da V é o que tem de mais importante hoje no fet para mim.
A, como sinto sua falta, vc me ensinando palavras novas, delatar, acho que foi você que me ensinou quando eu era criança, correr na sua casa, andar de patins escondido da minha mãe, eu vendia bijouterias para você, umas pulseirinhas feitas de fio de telefone. Cada coisa que a gente inventava.
Você é tão linda, não consigo me lembrar do seu rosto no caixão, mesmo lá, vc estava linda e com aquela maquiagem leve, batom, pele uniforme, lápis de olhos e bastante rímel, sua boca era linda.
Vou me lembrar de você, na porta da sua casa, eu passando para ver você, você se arrumando para ver seu namorado, ou buscar alguma coisa nos correios. Sempre arrumada, independente.
Uma mulher com dois cursos superiores que optou por ter uma empresa de estética especializada em manicure/pedicure.
Quando escrevo hoje, nem choro mais, acho que aceitei melhor sua perda. Mas vou continuar acalentando seus pais, irmã e sobrinha.
Adieu ma grande amie A, Je t'aime et Je vais t'aimer pour toutes mes vies ...

Sobre Machismo e outras patologias

E hoje para mim é o dia do chega, em comentários de uma das meninas da casa da V, eu cansei...
Será que quando é para desrespeitar tem que ser pior no BDSM?
Eu surtei hoje, quando em comentários, de uma sub, que exibia suas marcas do Dom dela, escreviam coisas do tipo: Vou meter fundo, vc me deixa excitado.
Podem me chamar de politicamente correta ou chata, mas o que eu vi foi: machismo, falta de respeito à coleira dela e a cereja do bolo: RACISMO, ela é negra.
Eu sou militante de tudo que é de direito de seres vivos. Daí o fato de ser uma pentelha com P maiúsculo para alguns.
Mas, eu vi, uma hipersexualização da mulher negra, pois na foto ela expôs a bunda.
Caramba, até quando?
No FB do BDSM Brasil tenho lido idiotices diárias do tipo:
O feminismo atrapalha o BDSM, as feministas acabam com este;
"Será que não tinha um nome melhor que 'baunilha'?
É só falar essa palavra para os de fora, que eles falam que BDSM é coisa de gay... Rsrsrsrs" ;
O sub ver a foto de uma Domme pois tem o direito de escolher uma Domme que não seja obesa.
Não aguentei, saí de lá.
Acabei de conversar com um dos moderadores: EM VÃO.
BDSM: apenas mais um meio social, repleto de preconceitos, mas demonstrados de uma forma mais intensa.
Ah, esqueci de falar: Domme não pode transar em sessão(com penetração) ou tirar fotos nuas, afinal, ela está se oferecendo. (esta é a afirmação de muit@s)
Já os Doms, tirarem foto de pau, foder a sub tudo bem.
------------------------Machismo detectado--------------------------
O problema não para aí, o Dom, no caso de BDSM entre dois H, não pode ser penetrado...
Comer tudo bem, mas agora dar, morrer de prazer enquanto tem próstata, não pode.
Ser "passivo" no meio BDSM também é considerado inferior, isto ocorre desde a Roma antiga, evoluir que é bom, cadê?
Inversão é coisa de gay que não se assume.
Vou voltar ao assunto, homem tem próstata, uma região de grande prazer.
O sub não pode gozar em uma sessão, eu sou um alien no BDSM, um dos meus fetiches é ver a cara que o homem faz quando goza, sub meu tem que gozar, seja homem, mulher ou qualquer gênero.
E eu ainda faço o sub gozar antes de mim, eu amo o controle, me vanglorio quando el@s gozam, para mim só mostra como EU sou foda. Ainda me controlo para não gozar antes.
Prazer, sou um alien, ou como muit@s dizem: não sou Domme.
Para fechar com chave de sangue e fogo: Subs devem ser tratad@s como objetos, posso ver uma foto e chamar de gostosa, que quero meter fundo no seu rabo e por aí vai.
Subs não são putas que vc paga e fazem sexo, ou melhor, subs não querem ser tratadas como objetos por qualquer desconhecid@ e estão aqui para abrir as pernas para qualquer otário.
Uma última observação sobre mim: Amo elogios, mas não aceito que pessoas do além venham no meu perfil e me chamem de gostosa ou falem que vão lamber meus pezinhos.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A algema prende dos dois lados

A algema não prende apenas sub, bottom, pet. Ela prende Domme/Dom Top. Sei que muita gente discordará, mas eu não. Relações D/s são de uma intensidade única, só quem vive ou viveu pode descrever.

Relacionamentos envolvem sentimentos, logo, os dois acabam se prendendo. O fim de uma relação D/s pode ser doloroso para ambos lados. Falar que Dom ou Domme não teve controle.... Me poupe, pura hipocrisia.

Fins de relacionamentos doem de ambos lado, não só do lado de quem é algemado, quem algema também.

Acredito que as pessoas podem ser capazes de controlar sentimentos, serem racionais e em um posto de Top se virem obrigadas a se mostrarem fortes. Mas será que quem segura a coleira nunca derramou uma lágrima ao perdê-la? Duvido muito. Somos seres humanos, suscetíveis a erros. Quando se trata de sentimento, ah, sentimento.... Somos bestas irracionais, bradamos, gritamos, uivamos aos 7 ventos.

Eu já sofri e chorei quando uma sub me entregou a coleira. 

No meu sentimento, muitas vezes subs possuem o controle da situação. Segurar o chicote só mostra que você é quem pode bater, mas os limites...

Os limites quem impõe são subs, nós Doms e Dommes somos escravos dos chicotes.

A não ser que seja algo sem limites...

Aí já é outra história, não me atrevo a falar pois não é da minha alçada.

E que atire o primeiro chicote quem nunca sofreu no BDSM.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Boa noite

Boa noite,

sou a Domme G, mas pode me chamar de: Domme G, Senhora G.

Afinal não conheço você, não temos qualquer intimidade.

Sou Dominadora no BDSM e estou aqui para falar de mim, ou do que me vier a mente.

Graças a ajuda de uma amiga, a Mell, consegui fazer meu blog.

Tenho algumas limitações tecnológicas, a maioria são propositais.

Pegue um banquinho, se acomode, sente-se, leia.

Não tente me decifrar, eu mesma não consigo.

Boa noite